sábado, 20 de agosto de 2011

O Medo do Vestibular

ESCRAVOS DA ANGÚSTIA

Na reta final do vestibular, os jovens se apavoram
com a idéia de fracassar e vivem sob tensão  

O professor Claudio Vicentino estava dando mais uma aula de história no cursinho Anglo, em São Paulo, quando viu dois alunos batendo um papo animado. Foi aí que ele proferiu a frase que cortou o ar pesado da sala como se fosse uma faca. "Vocês querem perder mais um ano da vida se preparando para o vestibular?", gritou. "Quem fica de salto alto, achando que sabe muito, não chega a lugar nenhum. Vocês sabiam que Hitler prestou o vestibular duas vezes para arquitetura e não passou? Viu no que deu, né..." Na sala, cujas janelas estão cobertas por compensado para que os alunos não se distraiam olhando a paisagem, todos ficaram em silêncio. Nem a referência a Hitler, que na verdade tentou belas-artes e não arquitetura, foi levada na galhofa. Cursinho é assim. Os alunos de repente começam a encarar as coisas mais a sério. Estão aterrorizados pelo fantasma do vestibular. No colégio, o professor que chega falando em salto alto só consegue melhorar o humor dos estudantes. No cursinho, ele é capaz de mexer com angústias que estão à flor da pele. 

 Esse trecho de reportagem foi retirado de uma materia da revista VEJA, quem lê e pensa, "realmente hoje a pressão é grande" pode ter uma surpresa, pois essa matéria foi publicada em Novembro de 1997, ou seja, pouco mudou em relação a hoje.

O sistema de seleção está cada vez mais concorrido, apesar das cotas (separação racial e social) e ENEM estarem a favor do "menos" favorecido, ainda temos os jovens com melhor poder aquisitivo ingressando nas melhores faculdades, pois podem pagar cursinhos e colégios caríssimos, tornando uma concorrencia desleal com aquele estudante da escola pública que em varios casos mora na zona rural e está com sua vida dividida entre o trabalho da "roça" e seus estudos, esse estudante que por não ter "sorte" está passível a adentrar numa faculdade particular, muitas vezes sacrificando o que não tem ou recebendo uma "esmola" do Governo Federal.

Outro ponto interessante, e que vejo com frequência, é a dúvida em relação ao que seguir, em que área atuar, como pode um adolescente de 16 ou 17 anos escolher o que vai fazer pelo resto da vida? Nossa sociedade está cada vez mais precoce e a pressão entre escolher o que eu gosto de fazer e o que dar mais dinheiro é algo de rotina nos jovens, estamos vivendo mais uma etapa capitalista, estamos preparando jovens para ganhar mais ou menos dinheiro.

A questão do ingresso na faculdade deve ser revista, deveria haver um método mais específico para selecionar esses educandos, algo que levasse em conta a vida escolar, as notas obtidas em seu currículo escolar, esse currículo que deveria se adequar a uma base comum e tivesse algo extra para determinada área do conhecimento a escolha e não por obrigação, então, enquanto isso não ocorre, vamos matar um leão por dia e tentar enfrentar o "bicho papão" do vestibular tradicional.

Wilker Melo

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Gincana Estudantil - 2011

Na última quinta-feira (11/08) foi realizada na escola a GINCANA em comemoração ao dia do estudante, várias provas físicas e mentais foram realizadas, os alunos compareceram e tomaram o espírito de competição, abaixo algumas fotos desse divertido dia.











quarta-feira, 3 de agosto de 2011

SOU UM PROFESSOR QUE PENSA!!!‏


Recebi esse e-mail do meu colega Professor Wagner, de certa forma seria cômico se não fosse trágico, porém é legal também se divertir com algumas situações e por que não refletir melhor tantas situações difíceis?
Aproveitem a grande criatividade! 



SOU UM PROFESSOR QUE PENSA...
Pensa em sair correndo toda vez que é convocado para uma reunião, que
certamente o responsabilizará mais uma vez, pelo insucesso do aluno.

SOU UM PROFESSOR QUE LUTA...
Luta dentro da sala de aula, com os alunos, para que eles não matem uns aos outros.
Que luta contra seus próprios princípios de educação, ética e moral.

SOU UM PROFESSOR QUE COMPREENDE....
Compreende que não vale a pena lutar contra as regras do sistema, ele é sempre o lado mais forte.

SOU UM PROFESSOR QUE CRITICA...
Critica a si mesmo por estar fazendo o papel de vários outros profissionais como: psicólogo, médico, assistente social, mas não consegue fazer o próprio papel que é o de ensinar.

SOU UM PROFESSOR QUE TEM ESPERANÇA,

E espera que a qualquer momento chegue um "estranho" que nunca entrou em uma sala de aula, impondo o modo de ensinar e avaliar.
SOU UM PROFESSOR QUE SONHA...
SONHA COM UM ALUNO INTERESSADO,
SONHA COM PAIS RESPONSÁVEIS,
SONHA COM UM SALÁRIO MELHOR, UM MUNDO MELHOR.
ENFIM, SOU UM PROFESSOR QUE REPRESENTA...
Representa a classe mais desprestigiada e discriminada, e que é incentivada a trabalhar só pelo amor à profissão.
Representa um palhaço para os alunos..
Representa o fantoche nas mãos do sistema concordando com as falsas
metodologias de ensino.
E esse professor, que não sou eu mesmo, mas é uma outra pessoa, representa tão bem, que só não trabalha como ator, porque já é PROFESSOR e não dá para conciliar as duas coisas.